Na entrada da exposição Sentir pra Ver, os visitantes podem vendar os olhos para apreciar melhor as obras. Pensada especialmente para deficientes visuais, a mostra está aberta na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no centro da capital, até 15 de julho.
São 14 reproduções fotográficas de pinturas do museu, acompanhadas, cada uma, de uma réplica em alto relevo e uma versão da obra em três dimensões.
São 14 reproduções fotográficas de pinturas do museu, acompanhadas, cada uma, de uma réplica em alto relevo e uma versão da obra em três dimensões.
Abrangendo a arte brasileira do fim do século 19 a meados do século 20, as pinturas passam por diferentes temáticas, como paisagens, abstração, retrato e natureza morta. Todas com representações detalhistas. É possível, por exemplo, passar os dedos sobre os pelos da escova do engraxate de Saudade de Nápoles, de Bertha Worms, ou sobre as ondas do mar de Marinha, de Almeida Júnior.
Saudade de Nápoles
Marinha
A possibilidade de sentir as feições da Dama de Chapéu, retratada por Gino Bruno, encantou a estudante de pedagogia Caroline Medeiros. “Eu senti a expressão dela. Dá a impressão que ela está pensativa e eu senti aquilo. Com um quadro, você acaba não sentindo isso tão forte”, contou a estudante que levou as duas filhas para conhecer a exposição. “Eu vi na televisão e me interessei muito pelo fato de elas poderem tocar nas obras”, ressaltou.
A possibilidade de sentir as feições da Dama de Chapéu, retratada por Gino Bruno, encantou a estudante de pedagogia Caroline Medeiros. “Eu senti a expressão dela. Dá a impressão que ela está pensativa e eu senti aquilo. Com um quadro, você acaba não sentindo isso tão forte”, contou a estudante que levou as duas filhas para conhecer a exposição. “Eu vi na televisão e me interessei muito pelo fato de elas poderem tocar nas obras”, ressaltou.
Após passear vendada pelas obras, Diana, a filha mais velha de Caroline, que tem 8 anos, disse que não é fácil entender as paisagens apenas tocando com as mãos. “Às vezes, eu botava a mão e pensava que era um armário, mas era uma casa”, contou.
A empresária Karina Martins também gostou muito da possibilidade de sentir as diferentes nuances dos quadros da mostra. “Você pode sentir os objetos, não só ver, ver o que está pintado. As cores também estão representadas em forma de textura”, destacou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário