quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Qualidade de vida piorou em 2012 para 80% dos paulistanos.



Oito em cada dez paulistanos estão insatisfeitos com a qualidade de vida na cidade - o pior índice dos últimos quatro anos. É o que revela uma pesquisa divulgada pela Rede Nossa São Paulo, encomendada pela Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) ao instituto Ibope.

Em 82% dos 169 itens avaliados, os entrevistados se disseram insatisfeitos; 28 receberam nota acima e dois permaneceram na média de avaliação.

Entre os 25 temas abrangidos, há aspectos objetivos como habitação, transporte, saúde, segurança e educação, por exemplo, e aspectos subjetivos como sexualidade, espiritualidade, aparência, consumo e lazer.


Para 38% dos entrevistados, a qualidade de vida na cidade melhorou um pouco ou muito; em 2011, esse percentual era de 44%. Já 56% dos ouvidos afirmaram que sairiam da cidade caso tivessem oportunidade de viver em outro lugar, número idêntico ao de 2011.
 


A pesquisa está na sexta edição e aponta a percepção do morador da cidade de São Paulo em relação a indicadores de referência de bem estar no município (Irbem). Ao todo, foram ouvidas 1.512 pessoas, a partir dos 16 anos, entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro do ano passado.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. É a partir do Irbem que é estabelecido o plano de metas a ser assinado no início da gestão municipal. Hoje (17/11/2013), em solenidade no Sesc Consolação, região central de São Paulo, foi a vez de o prefeito Fernando Haddad (PT) ser apresentado ao programa.

Ele deve assumir oficialmente o compromisso com a Oscip no mês de março. O antecessor do petista, Gilberto Kassab (PSD), assinou em janeiro de 2009 o primeiro plano de metas proposto pela Rede, mas chegou ao fim do mandato cumprindo 123 metas do total de 223 propostas, um índice de 55,1%. 

Sensação de insegurança é maior 

Entre os indicadores, a sensação de insegurança relatada pelos entrevistados foi a mais alta em quatro anos –e exatamente em um ano marcado por uma onda de violência que matou civis e policiais ao longo de meses.

Dos entrevistados, 91% disseram achar pouco ou nada seguro viver na capital paulista. Já 45% responderam ser "nada segura" a vida na capital. Ano passado, esta classificação ficara em 35%.

Indagados sobre as principais razões para se ter medo em São Paulo, 71% dos entrevistados elencaram "violência em geral", 63% citaram assaltos e 41% mencionaram saídas à noite. 



Outros itens de avaliação 

Ao todo, o Irbem é composto por 169 itens, dos quais praticamente todos sofreram "queda significativa na nota", conforme a Rede Nossa São Paulo. 
O item mais mal avaliado é o de "Transparência e Participação"; já "relações humanas" é a área em que o paulistano afirma se sentir mais satisfeito. 

Estável até 2011, a percepção sobre a educação apresentou quedas significativas nas médias obtidas para todos os aspectos no ano de 2012. Segundo o Ibope, a queda se deve principalmente à falta de vagas em creches ou pré-escolas e à "falta de respeito e valorização ao profissional de ensino". 

Por outro lado, a saúde pública teve queda da satisfação geral em todos os aspectos analisados –dos 14 aspectos avaliados, por sinal, somente cinco ficam acima da média da escala. Aspectos relacionados ao agendamento de consultas/exames e ao tempo médio de espera entre a marcação e o atendimento foram os pontos mais críticos apontados na pesquisa. 

 


Confiança nas instituições 

O Ibope ainda ouviu os entrevistados sobre o nível de confiança deles nas instituições públicas e privadas, bem como a avaliação do poder público e dos serviços por ele oferecidos. 

Das 26 instituições e órgãos públicos avaliados, os paulistanos apontam 15 deles nos quais depositam mais confiança do que desconfiança – ranking liderado pelo Corpo de Bombeiros (88%), seguido por Correios (86%), Metrô (77%), a Sabesp (76%) e Procon (74%). 

Já as instituições com maior nível de desconfiança, revelou a pesquisa, são a Câmara Municipal (69%), o Tribunal de Contas do Município (64%), a Polícia Civil (60%) e a Polícia Militar (60%).

Um comentário:

Fernanda disse...

E eu sem poder reclamar de nada...

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