quarta-feira, 21 de março de 2012

Curta-animação habientado num universo futurista e pós-apocalíptico.

Com toda a nossa tecnologia, a humanidade vai finalmente chegar à paz e prosperidade? 
Ou vamos acabar nos destruindo?

ruin-animated-short-film

Ruin é um curta-metragem de animação absolutamente belo, com um roteiro simples e com ação de fazer o péssimo diretor Michael "Mão Pesada" Bay (que dirigiu Transformes, A ilha, Bad Boys e outras merdas) de queixo caído.

Dirigido pelo jovem e promissor Wes Ball, a história se passa num longínquo futuro pós-apocalíptico verde, onde a natureza recuperou a terra e arranha-céus estão abandonados.

Nosso principal protagonista descobre um dispositivo e, em seguida, é perseguido por um helicóptero ultra-moderno. 

O curta-animação Ruin não se propôs a criar nada de novo, ele fica com um conceito que todos nós conhecemos e amamos no gênero da ação. 
O filme todo é baseado em uma seqüência de perseguição em uma cidade em ruínas, o desenho da área e do personagem são bem realizados e o diretor conseguiu criar seu pequeno próprio mundo. 

Ruin conta com um trabalho de computação gráfica maravilhoso, edição e direção. Produzido em Los Angeles/EUA na produtora Oddball Animation, mais com a maioria da modelagem e animação feita pelo próprio diretor.


Os ambientes estão muito bem construídos, processado com um brilho quase foto-realistas. Este mundo de Ruin foi totalmente realizado sem diálogo, uma história contada através das texturas de edifícios em decomposição e com ferrugem no helicóptero futurista do inimigo que o persegue.

Um filme de 8,5 minutos enigmáticos, com uma cena de perseguição elegantemente coreografada, com movimentos de câmera e ângulos radicais.

O vídeo com apenas cinco dias nas redes sociais (Youtube e Vimeo) tornou-se um hit viral, sendo visto 500.000 vezes.


RUIN from OddBall Animation on Vimeo.

Um comentário:

Paulo disse...

1) Parabéns aos realizadores por terem resistido à tentação de filmar um documentário. Desculpe-me o desabafo – é que, neste momento, estou com enjoo da overdose de documentários que assola o nosso cinema. Amanhã melhora;
2) Interessantíssima a ideia de um mundo pós-industrial, pós-aquecimento global, um mundo em que o homo sapiens fracassou. As notícias nos mostram que esse mundo infelizmente é possível; mas...
3) Maiakovski, noutro contexto, dizia que não se cria arte revolucionária sem forma revolucionária. Creio, analogamente, que não se pode questionar uma sociedade usando os mesmos meios estéticos dessa sociedade. Esse curta perde rapidamente seu conteúdo questionador ao entrar em estética de videogame e de filmão roliudiano. Eu estava louco para que aquele cara se livrasse logo das ameaças para explicar exatamente o que é que era aquilo tudo afinal. Mas quando se livrou, o filme estava no final.
Abraços,
Paulo Avelino
http://blog.paulo.avelino.nom.br

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