terça-feira, 19 de julho de 2011

Assustador esse assalto em São Paulo.

Vai rolar um assalto no final desse vídeo. 


Um vídeo sem narração, sem off e sem trilha sonora. 
Uma imagem e um momento real, sem cortes ou edição, mas o silêncio que incomoda demais.


É impressionante como é assustador cada momento, cada detalhe, cada pessoa que vai passando e a expectativa que vai tomando conta de quem assisti esse assalto.


(Peço desculpas aos jovens que foram vitimas desse crime por colocar esse vídeo). 


Mas faz de conta que essa é uma cena de um filme, câmera parada, sem trilha, sem edição, todo mundo no cinema sabe o que vai acontecer, mas todos vão ficar aflitos e esperando o desfecho final. 


Suspense total a lá Alfred Hitchcock e linguagem de cinema que faz a gente lembrar algumas frases do cineasta francês Robert Bresson:


- Que sejam os sentimentos que tragam os acontecimentos. Não o contrário.


Fazer ver o que tu vês por intermédio de uma máquina que não vê como tu vês e fazer ouvir o que tu ouves por intermédio de outra máquina que não ouve como tu ouves.


- Construir o cinema sobre o silêncio, o branco e a imobilidade. 



Nada de música de acompanhamento, de sustentação ou de reforço. Música de forma alguma. É preciso que os barulhos se tornem música.


Nada é mais falso num filme do que o tom natural do teatro recopiando a vida e calcado em sentimentos estudados.


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