Vai rolar um assalto no final desse vídeo.
Um vídeo sem narração, sem off e sem trilha sonora.
Uma imagem e um momento real, sem cortes ou edição, mas o silêncio que incomoda demais.
É impressionante como é assustador cada momento, cada detalhe, cada pessoa que vai passando e a expectativa que vai tomando conta de quem assisti esse assalto.
(Peço desculpas aos jovens que foram vitimas desse crime por colocar esse vídeo).
Mas faz de conta que essa é uma cena de um filme, câmera parada, sem trilha, sem edição, todo mundo no cinema sabe o que vai acontecer, mas todos vão ficar aflitos e esperando o desfecho final.
Suspense total a lá Alfred Hitchcock e linguagem de cinema que faz a gente lembrar algumas frases do cineasta francês Robert Bresson:
- Que sejam os sentimentos que tragam os acontecimentos. Não o contrário.
- Fazer ver o que tu vês por intermédio de uma máquina que não vê como tu vês e fazer ouvir o que tu ouves por intermédio de outra máquina que não ouve como tu ouves.
- Construir o cinema sobre o silêncio, o branco e a imobilidade.
- Nada de música de acompanhamento, de sustentação ou de reforço. Música de forma alguma. É preciso que os barulhos se tornem música.
- Nada é mais falso num filme do que o tom natural do teatro recopiando a vida e calcado em sentimentos estudados.
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