quinta-feira, 28 de julho de 2011

ESCOLHA DE UM AMIGO.




A normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.



"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Eu fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles eu não quero resposta, eu quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Eu quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Eu escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Eu não quero só o ombro e o colo, eu quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Eu não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Eu quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Eu não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! 



Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Eu tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril".

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